Numa entrevista, o apóstolo de distrito adjunto Storck contou que terá de aprender português para poder compreender os muitos irmãos e irmãs dos países lusófonos. (excerto de uma entrevista)
Storck: “Estou curioso!”
Desde 7 de outubro de 2012, o apóstolo Rainer Storck é apóstolo de distrito adjunto para a Igreja Nova Apostólica da Renânia do Norte-Vestefália. Uns dias depois de ter recebido esta incumbência, respondeu, no âmbito de uma entrevista, juntamente com ao apóstolo de distrito Armin Brinkmann, a algumas perguntas pessoais e acerca dos desafios iminentes e da cooperação na direção da Igreja Regional.
Apóstolo Storck, no domingo passado, o apóstolo maior Wilhelm Leber nomeou-o como apóstolo de distrito adjunto para a Igreja Regional da Renânia do Norte-Vestefália. Como e quando teve conhecimento disso?
Apóstolo Storck: Lembro-me perfeitamente que, no dia 1 de junho, deste ano, estive com o apóstolo de distrito, em Oberhausen, para participar num fórum. No intervalo, o apóstolo de distrito convidou-me para darmos um passeio juntos. Primeiro, contou-me muito vagamente de uma visita ao apóstolo maior. Depois, a conversa começou a tomar um rumo cada vez mais sério e por fim, sem mencionar a data, o apóstolo de distrito contou-me que estava previsto eu ser incumbido, dali a algum tempo, como apóstolo de distrito adjunto.
Como é que se sentiu naquele momento?
Apóstolo Storck: Totalmente surpreendido e comovido.
Porquê o apóstolo Storck? Em relação à idade, haveria certamente outros potenciais candidatos entre os apóstolos da Renânia do Norte-Vestefália.
Apóstolo de distrito Brinkmann: Já há anos que esta questão vem a ser debatida com o apóstolo maior. Sem dúvida que havia outros potenciais candidatos entre os apóstolos da RNV. Mas vai-se reparando num e noutro pormenor e, por fim, tem de ser Deus a dizer-nos: “É este, podes ungi-lo”. E isso, assim o posso dizer, foi decidido em plena unanimidade com o apóstolo maior.
Que características foram especialmente positivas ou notáveis no apóstolo Storck?
Apóstolo de distrito Brinkmann: Um apóstolo de distrito ou um apóstolo adjunto tem de ser, ao mesmo tempo, pragmático e visionário. Tem de pensar de forma estratégica e analítica, tem de saber liderar e adaptar-se. Outro aspeto importante é um servir ao altar enérgico, rico em conhecimento e alegre. Estas são virtudes que eu reconheci e às quais dou muito valor e que ajudam a enfrentar esta tarefa tão desafiadora.
O seu encargo implica mudanças pessoais e responsabilidades. Como é que a sua família lida com isso e como é que reagiu?
Apóstolo Storck: Quero voltar ao dia 1 de junho quando o apóstolo de distrito falou comigo em Oberhausen. À noite, é óbvio que informei confidencialmente a minha esposa e tivemos uma conversa muito emocional. Discutimos o assunto, conversámos muito, mas por fim, ficou para nós bem claro que iriamos assumir esta tarefa.
Os nossos filhos já não estão em casa. Alguns estão a estudar espalhados pela Alemanha. Depois de ter sido anunciado, fomo-los informando, pouco a pouco. Eles reagiram de forma positiva, como sempre tem sido: sempre me conheceram como assistente pastoral, como ministro da Igreja Nova Apostólica. No entanto, senti uma certa preocupação e constrangimento neles, pois devem ter pensado como é que eu iria conseguir conciliar tudo.
Muitos cristãos novos-apostólicos perguntam como pensa o futuro apóstolo de distrito? Qual é a sua resposta?
Apóstolo Storck: Eu sou assistente pastoral, tento ser bom ouvinte e aceitar a todos. Quero agir de forma estratégica. A situação financeira é importante para mim: a nossa Igreja não pode gastar mais do que recebe. E tento falar nos assuntos muito claramente e ser coerente.
No que se refere à Igreja, tanto a nível europeu como internacional, não é muito conhecido. Que experiências, nesta área, pôde reunir até agora?
Apóstolo Storck: Como apóstolo, sou convidado com regularidade para os serviços divinos do apóstolo maior. Para além disso, colaboro no grupo de trabalho “Doutrina e Conhecimento” de forma que já existe uma boa rede de conhecimentos. Não sou totalmente desconhecido, pelo menos na Europa. A nível internacional não tenho experiência, como é evidente, nem sou conhecido. Mas penso que será uma questão de tempo e eu sou uma pessoa muito aberta.
A partir de agora vão passar a viajar juntos?
Apóstolo de distrito Brinkmann: Temos 28 apóstolos na nossa área de apóstolo de distrito, mais de 30 bispos e quase meio milhão de membros que falam línguas diferentes. O apóstolo Storck é muito conhecido na Europa de Leste, nas regiões do Cáucaso, mas um ponto extremamente importante vai ser a familiarização com os países africanos. Aí, é necessário conhecer uma história nova-apostólica com 30 anos de existência. Também é necessário aprender um pouco a língua para, pelo menos, poder compreender o que os apóstolos e os bispos dizem. Não pode ser sempre através de intérpretes. E também é preciso ter em conta as diversas culturas e a sensibilidade de cada povo.
Apóstolo, que línguas irá ter de aprender?
Apóstolo Storck: Com o inglês não tenho grandes problemas. Mas o apóstolo de distrito acabou de dizer que tenho de aprender português. Isso é território novo para mim. Vou começar a aprender o mais rápido possível. O primeiro passo é tentar compreender o que ouço, para entender o que os outros dizem quando estão a conversar.
Então, primeiro português e depois neerlandês?
Apóstolo Storck: Nós estamos perto da fronteira … Vou aprender as coisas básicas da língua neerlandesa. Uma vantagem é que, a maioria dos holandeses, percebem alemão.
Apóstolo Storck, talvez seja um pouco cedo para perguntar se já tem um programa, mas o que é importante para si?
Apóstolo Storck: A assistência pastoral é sempre o ponto principal na Igreja. Outro ponto importante é zelar para que haja uma vida atrativa nas comunidades. E, por fim, a assistência aos ministros, aos professores, etc. …
Apóstolo Storck, encontra-se perante uma grande responsabilidade, muito trabalho, muitos desafios, longas viagens, etc. Sente-se feliz por isso?
Apóstolo Storck: Estou curioso. Curioso por saber o que me espera e encaro isso de forma positiva e procuro enfrentar esta tarefa com uma certa serenidade mas também com confiança em Deus.
Apóstolo de distrito, por fim uma última pergunta à qual até agora ainda não respondeu: já existe uma data concreta para a sua colocação em descanso?
Apóstolo de distrito Brinkmann: a essa pergunta posso responder muito abertamente: Não, ainda não existe uma data concreta.
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