Como é que pode ser? Uma obra está a aproximar-se da sua completação: uma obra que o próprio Deus criou, que Ele lidera e dirige, na qual o Seu Espírito dá os impulsos e determina a direção e, depois, chega-se à conclusão de que em toda a parte existem dificuldades e de que o seu desenvolvimento é preocupante. Cada vez menos fiéis frequentam os serviços divinos, comunidades cada vez mais pequenas, um ambiente cada vez mais difícil, no qual o Evangelho e a mensagem da vinda eminente de Cristo encontram cada vez menos ressonância.
Não seria de esperar precisamente o contrário? A noiva de Cristo deveria encontrar-se numa marcha triunfal ao encontro do seu Noivo, Jesus Cristo, numa corrida gloriosa e vitoriosa, acenando, no final, com a coroa!
Se levarmos a sério as palavras de Paulo e de Barnabé, então as coisas parecem muito diferentes: «... pois que, por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus.» Não se trata de uma marcha triunfal, mas antes de esforços e dificuldades: cada vez se vai tornando mais difícil preservar a fé, cada vez é necessário mais força para permanecer fiel. As deceções vão-se acumulando. Há muita coisa que não compreendemos. Não encontramos respostas nem explicação para o que está a acontecer. Isso reflete-se na nossa esfera privada, na comunidade e na Igreja em geral.
E porquê? Porque a Igreja segue o mesmo caminho do seu Senhor. Antes da ressurreição houve a crucificação. Mas depois da paixão, depois da noite da Sua morte, veio o triunfo, seguido da ressurreição vitoriosa e da ascensão. Por isso, não nos deixemos irritar por tribulações; sejam elas de que natureza for.
Impulso de um serviço divino do apóstolo maior
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