O ano de 2011, que está prestes a terminar, foi um ano desassossegado. As notícias negativas foram muitas. Por um lado, houve catástrofes naturais, entre elas terramotos com consequências bastante graves, por outro, houve também problemas sociais e políticos. Estou a pensar em movimentos de protesto, revoluções e outras situações com contornos de guerra civil. Não esquecendo também o aspeto económico. As crises em países importantes provocaram insegurança em larga escala a nível mundial.
Até mesmo a nível pessoal pode ter havido situações que provocaram grande desassossego. As doenças e as aflições entraram igualmente nas nossas comunidades.
Face a um ambiente envolvente tão desassossegado, estamos gratos por nos podermos refugiar sempre no sossego da casa de Deus e no sossego da oração. Na proximidade de Deus, sempre conseguimos sossegar. Alguns exemplos bíblicos demonstram claramente como o sossego é importante.
Quando o povo de Israel estava diante do Mar dos Juncos, depois de ter saído do Egito, e viu os egípcios no seu encalço, a aflição sentida foi grande. Foi quando Moisés transmitiu confiança, ao dizer: «O Senhor pelejará por vós; e vos calareis.» (Êxodo 14,14).
Ou lembremo-nos dos acontecimentos na época do Senhor Jesus. Quando os discípulos estavam com o Senhor no mar, num barco, levantou-se uma grande tempestade e os discípulos ficaram com medo de morrer. Mas o Senhor repreendeu os ventos e o mar. E a Escritura Sagrada relata: «... e seguiu-se uma grande bonança.» (Mt 8,26).
Nós cremos piamente em que o Senhor também repreende e controla o desassossego que existe na época em que vivemos; nada acontece sem o Seu consentimento. Este saber traz a bonança à nossa alma. Mas também é preciso prostrarmo-nos diante do Altíssimo e contribuir com a nossa parte para que possa haver bonança e sossego dentro de nós.
Saudações de sossego pela Quadra de Advento e de Natal,
Wilhelm Leber
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