Tomar decisões concretas
Certa vez, Jesus disse que um reino não consegue subsistir se se dividir contra si mesmo. Acerca disso, existem muitos exemplos na Escritura Sagrada. Quantos reinos e países não foram já desmoronados pelo facto de se terem dividido contra si mesmo e por, nos momentos decisivos, não terem sabido tomar as decisões certas. Matrimónios foram desfeitos, famílias separadas, grandes empresas com tradição foram destruídas, só porque as pessoas não conseguiram ser unânimes.
Com estes pensamentos, o Senhor exorta para uma atitude definida e chega, por fim, à conclusão seguinte: «Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.» (Mateus 12,30). Uma afirmação inequívoca! Isto significa, que o ser humano tem de tomar uma decisão: ou pelo Senhor ou contra o Senhor. Porque quem não se decidir por Cristo, quem não o confessar como o Senhor e Salvador, decide-se, automaticamente, contra Ele.
Muitas pessoas preferem não ter de tomar decisões concretas. Por vezes, isso é mais fácil do que tomar uma posição definida. Quando se encontram perante duas posições diferentes, umas vezes tendem para um lado, outras vezes para o outro – depende de qual delas traz mais vantagens. Outras vezes, tentam tomar uma posição neutra. No que diz respeito ao Senhor, essas possibilidades não existem. Não podemos simplesmente tomar uma atitude neutra. Muito menos pode o ser humano tomar uma atitude "neutra" perante Deus. Ou é – ou não é: «porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados» (cf. João 8,24). Jesus teve de dizer isto aos Seus contemporâneos.
Por vezes, também tomamos decisões acerca das quais não estamos muito convencidos, que não reflectem a nossa convicção total. Mais cedo ou mais tarde, isso irá revelar-se; normalmente, decisões dessas não prevalecem por muito tempo.
Falta de poder decisivo na fé, poderia, no fundo, pôr tudo em dúvida. Não podemos estar cinquenta por cento com o Senhor e cinquenta por cento noutro lugar qualquer. Ser pelo Senhor significa: orientar toda a nossa vida pelo Evangelho. É evidente que não o conseguimos a cem por cento, mas esforçamo-nos por isso. Olhemos para o nosso coração e examinemos se somos e permanecemos inabaláveis na decisão pelo Senhor e se também somos inabaláveis na renúncia a satanás e a toda a sua obra e natureza. Aqui, também só existe uma possibilidade: ou é – ou não é.
(Excerto de um serviço divino do apóstolo maior)
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