Fazer o bem
Acabámos de entrar no ano de 2011. Neste Novo Ano, queremos continuar a depositar a nossa confiança em Deus e a esforçar-nos para que nos tornemos dignos para o dia da revinda do Seu Filho.
Quero dar-vos uma frase de orientação para o Novo Ano: vamos praticar o bem! Estou a pensar numa palavra que o apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas: «Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.» Demonstramos a intensidade da nossa fé e do nosso amor através das boas obras que praticamos. Queremos fazer o bem aos nossos irmãos e irmãs de fé e a todas as pessoas, tal como nos aconselha o apóstolo Paulo. Devemos dedicar-nos a todos praticando o amor ao próximo. O nosso comportamento na comunidade é uma forma constante de provarmos se estamos ou não preenchidos pelo amor do Senhor.
Eu sei que muita coisa é feita por amor nas comunidades, sem que, muitas vezes, alguém dê por isso. No entanto, acho importante dar novamente um "empurrãozinho" para que continuemos a estar uns para os outros e nos continuemos a ajudar mutuamente. Faço votos para que esta vontade de praticar o bem nos acompanhe durante o ano inteiro. Neste aspecto, mais uma vez é o Senhor Jesus quem nos serve de exemplo. Toda a vida de Jesus foi determinada pela dedicação ao ser humano. Podemos mesmo dizer que Ele viveu só para os outros!
Deixai-me relembrar-vos alguns acontecimentos da vida do Senhor que nos podem servir de exemplo:
Lembremo-nos do casamento em Canaã, onde Jesus deu o primeiro sinal para manifestar a Sua glória. E isso aconteceu num contexto sem grande importância, nada de espectacular: durante o casamento, o vinho acabou-se. Isso pode ter turvado a boa disposição da festa, no entanto não era o fim do mundo. Mas o Senhor não ignorou esta pequena falta e ajudou. Através deste exemplo aprendemos que não devemos menosprezar as pequenas coisas! Em muitas situações, tanto de doença como de aflição, diz na Escritura Sagrada que: «O Senhor movido de íntima compaixão...», ou seja, Ele comoveu-se com a aflição das pessoas.
Também nós devemos continuar a ser receptíveis para as aflições dos outros. Não podemos deixar que o tempo apressado em que vivemos, nos torne insensíveis perante as preocupações e as necessidades dos outros.
Quando Jesus ouviu que Lázaro estava doente, não permaneceu muito tempo mais na localidade onde se encontrava. Ele pôs-se logo a caminho de Betânia. O caminho para Betânia era perigoso, já uma vez tinham tentado apedrejar o Senhor quando passava por lá. Mas isso não fez com que o Senhor ficasse parado.
Praticar o bem, nem sempre é fácil. Significa termos de abdicar de algo e, por vezes, até nos pode trazer dificuldades. Apesar de todos os problemas que isso nos possa trazer, não queremos deixar de praticar o bem.
Outra observação muito importante: O apóstolo Paulo, ao exortar para que se praticasse o bem, começou com a seguinte observação: «Então, enquanto temos tempo...»; para praticar o bem, existe normalmente um determinado espaço de tempo. Pelos mais variados motivos, poder ser tarde demais quando não agimos a tempo. Existe o perigo de não passar da simples intenção de fazer algo.
Esses espaços de tempo existem em muitas situações do nosso dia-a-dia. Eu viajo muito de avião para poder servir os filhos de Deus em diversos países. Por vezes, o piloto informa que para descolar só dispõem de um curto espaço de tempo. Se o piloto não descolar dentro desse espaço de tempo, então terá de esperar por uma nova autorização para a descolagem.
Reconheçamos que só temos um curto espaço de tempo para pôr em prática as nossas intenções de praticar o amor. Aproveitemos então o tempo.
Quero mais uma vez frisar:
• Não devemos menosprezar as pequenas coisas.
• Devemos deixar-nos compadecer com as aflições dos outros.
• Não devemos deixar de praticar o bem, mesmo que surjam dificuldades.
Desejo-vos a todos, meus amados irmãos e irmãs, um Ano Novo abençoado. Vamos marcar a diferença e praticar o bem. Se assim procedermos, então poderemos colher «a seu tempo», tal como diz na Escritura Sagrada.
Saudações fraternas, o vosso
Wilhelm Leber
© Igreja Nova Apostólica Portugal