RNV/Düsseldorf. O conhecido texto bíblico «Servi ao Senhor com alegria» serviu de base ao serviço divino que o apóstolo maior Jean-Luc Schneider oficiou no dia 27 de setembro de 2015 em Düsseldorf. O serviço divino foi direcionado especificamente aos ministros e esposas e foi transmitido por satélite para muitas comunidades na Europa. O apóstolo maior salientou que a missão da Igreja é transmitir valores à sociedade, colocando Jesus Cristo no centro como exemplo.
Foi com grande expetativa que no domingo de manhã, em toda a Europa, vários milhares de cristãos novos-apostólicos se reuniram nas comunidades para assistir ao serviço divino para ministros e esposas. O apóstolo maior Jean-Luc Schneider e os apóstolos de distrito da Europa reuniram-se em Düsseldorf, Alemanha. O serviço divino foi oficiado no salão do Hotel Maritim, que fica situado no aeroporto, onde se reuniram 1400 crentes dos distritos eclesiásticos de Düsseldorf, Colónia leste e oeste, Baixo Reno, bem como de Velbert. O último serviço divino para ministros e esposas transmitido a nível europeu teve lugar em 2012, e foi oficiado pelo na altura apóstolo maior Wilhelm Leber (nós relatámos).
7300 crentes assistiram à transmissão na Renânia do Norte-Vestefália e mais cerca de 900 nas Igrejas Regionais assistidas pela RNV no estrangeiro. Para além disso, vários milhares estiveram ligados via satélite em toda a Europa.
“Nós não somos nenhumas celebridades”
A base para a prédica do apóstolo maior foi o texto bíblico retirado de Salmos 100,2: «Servi ao Senhor com alegria». “Como ministros somos servos de Deus”, assim descreveu o apóstolo maior Schneider a função dos assistentes pastorais da Igreja Nova Apostólica. “O ministério não é uma distinção, nenhum de nós é uma ‘celebridade’, mas antes um servo, um colaborador na Igreja de Jesus Cristo.
A nossa tarefa é tornar a salvação de Deus acessível às pessoas e ajudá-las a alcançar a salvação. É isso que os ministros fazem ao preparar e ajudar a preparar os serviços divinos, ao praticar a assistência pastoral e ao exercerem funções de gestão. Isso exige esforço, no entanto, com a santificação através da oração e com a força do Espírito Santo, torna-se possível”, disse o apóstolo maior Schneider com convicção.
“Nós não somos donos do Evangelho”
Neste contexto o apóstolo maior enfatizou a humildade que tem de existir ao exercer o ministério. “Nós proclamamos o Evangelho, não o possuímos”, deixou ele bem claro. “Tudo o que nós fazemos é para benefício do Senhor. Trata-se das necessidades e desejos de Deus e não dos nossos.
Muitas vezes as pessoas não conseguem entender Deus. E também não podemos medir o sucesso de Deus com medidas humanas”, sublinhou o apóstolo maior. “Por isso, é importante não nos deixarmos desmotivar, mesmo que, segundo o ponto de vista humano, existam por vezes “derrotas”. Nós somos apenas servos de Deus e não temos capacidade para compreender tudo. Como servos, só podemos fazer uma coisa: confiar em Deus”, foi o apelo do apóstolo maior aos ministros.
Nos dias de hoje, há determinados desenvolvimentos que nos obrigam a ficar novamente mais humildes. Nós achamos sempre que com a estratégia certa poderíamos resolver todos os problemas”, disse o apóstolo maior. “Mas Deus vê as coisas de uma forma muito diferente. Ele diz: ‘faz o que te digo e confia’”.
“As pessoas precisam de valores”
“Nas últimas décadas, também se modificaram as condições para o trabalho eclesiástico: cada vez mais pessoas estão convictas de que não precisam da salvação de Deus”, concluiu o apóstolo maior Schneider. “No tempo em que havia necessidades materiais e outras necessidades, era diferente. Antigamente, nós, como assistentes pastorais, dávamos conselhos e orientação. Hoje, a Igreja tem de adaptar as suas atividades.
“Quais são as necessidades do mundo hoje em dia?”, perguntou o apóstolo maior. “Em muitos lugares na sociedade o sistema de valores foi-se perdendo. Os nossos jovens precisam de valores, as pessoas têm de saber o que é bom e o que não é bom. Antigamente, a sociedade ajudava nesta tarefa, mesmo nas escolas e nas empresas eram transmitidos estes valores. Hoje é diferente. Isso significa que temos de mudar o trabalho de assistência pastoral: temos de dar menos orientação e transmitir mais valores”, pediu o apóstolo maior aos ministros da Igreja. “E quem é bom é Jesus Cristo: é n’Ele que nos temos de focar, Ele tem de ser a nossa referência“.
“Como ministros temos de ser exemplos credíveis. E se o mundo não nos quiser acompanhar, não precisamos de nos preocupar, porque para isso recebemos a autoridade de Deus. Temos de transmitir valores sempre com a convicção de que Jesus Cristo está connosco”, disse o apóstolo maior.
Alegria é motivação e força
Por fim, o apóstolo maior abordou as fontes de alegria para o trabalho na Igreja. “Ao olharmos para o desenvolvimento atual, talvez seja difícil de vez em quando atuar com alegria”, comentou o apóstolo maior, demonstrando compreensão e lembrou a palavra de Lucas 10,20: «Alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus».
“Nós aguardamos com alegria a nossa salvação, porque Jesus Cristo morreu por nós, instituiu a obra de redenção e prometeu que voltaria. Sobretudo a alegria por podermos alcançar a nossa própria salvação deve dar-nos motivação e força para o trabalho na Igreja de Cristo. O problema é quando esperamos que a alegria venha do nosso sucesso. Essa alegria não é saudável, pois basta um pequeno fracasso para a destruir. Em vez disso, tomemos como exemplo as palavras de Pedro: «Mas alegrai-vos no facto de serdes participantes das aflições de Cristo» (1.ª de Pedro 4,13). Quem sofre com Cristo vencerá com Cristo. E em Lucas 15 é também feita alusão a outro tipo de alegria: «... haverá alegria no céu, por um pecador que se arrepende». Alegremo-nos por aqueles que ainda estão ativos”, motivou o apóstolo maior. “Além disso, existem no mundo muitos outros cristãos fiéis que creem em Jesus Cristo. Isso também deve ser um motivo de alegria para nós e deve ajudar-nos a continuar a servir o Senhor com alegria”.
Co-oficiaram três apóstolos de distrito
Depois da prédica principal, o apóstolo maior chamou o apóstolo de distrito Rainer Storck (Renânia do Norte-Vestefália), Wilfried Klingler (Alemanha Central) e Bernd Koberstein (Hesse/Renânia-Palatinado/Sarre) para servir. Depois da Santa Ceia para os participantes e da Santa Ceia para os falecidos, o serviço divino para ministros e esposas terminou com oração e a bênção trinitária.
Um coro de 60 cantores do distrito de Düsseldorf enriqueceu o serviço divino com o seu canto. O conteúdo dos cânticos foi já orientado para o Dia de Ação de Graças, que terá lugar no próximo domingo, e exprimiu graças e louvor. Muito embora o dirigente do coro não conhecesse o texto bíblico que o apóstolo maior iria usar, tanto o cântico inicial como o final faziam alusão ao Salmo n.º 100.
“O ministério é tão grande e o Homem é tão pequeno“
No início do serviço divino, o apóstolo maior Jean-Luc Schneider abordou a tarefa dos apóstolos na Igreja Nova Apostólica. “Nós, os apóstolos, recebemos de Jesus Cristo uma missão grande e sagrada”, disse o apóstolo maior comovido. “E quanto mais nos ocupamos com esta missão, tanto mais reconhecemos que, como pessoas imperfeitas, não estamos à altura desta grandeza e santidade - nós não conseguimos! O ministério é grande e o Homem é pequeno. Isso aplica-se em primeiro lugar a mim como apóstolo maior. Mas Deus sabe disso, Ele fez isso intencionalmente; por isso nos deu ajudantes, que sois vós. Vós aceitastes, como ministros, servir o Senhor e ajudar os apóstolos a exercer a sua missão. E, por isso, vos quero agradecer de todo o coração em nome de todos os apóstolos”.
“Por favor, perdoai-nos”
“Nós, os apóstolos, estamos conscientes de que nem sempre conseguimos cumprir as expetativas que depositam em nós. Isso, muitas vezes, cria dificuldades e faz com que os irmãos e irmãs de fé fiquem um pouco dececionados, porque o ministério de apóstolo é tão grande e o Homem é tão pequeno. De vez em quando, até pode acontecer que um ou outro fique magoado, porque o apóstolo não é tão santo como o seu ministério. Eu tenho essa certeza – na parte que me toca – e tenho consciência e sei que os meus irmãos, os apóstolos, também têm essa consciência”.
“Por favor, perdoai-nos se desapontámos ou magoámos alguém, porque nós somos simplesmente pessoas imperfeitas”, apelou o apóstolo maior Schneider aos fiéis e prometeu: “Nós prometemos que nos vamos esforçar para crescermos no ministério de apóstolo e para exercer melhor a nossa função.”
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