Antes de o povo de Israel ter sido conduzido para a terra prometida, Deus indicou-lhes como deveriam demonstrar a sua gratidão: partilhando. Como prova de gratidão para com Ele, eles tinham de dar algo aos necessitados, aos estrangeiros. Deus deu-lhes o seguinte mandamento: «E quando segardes a sega da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás.»
Também encontramos este pensamento de partilha no Evangelho: os apóstolos dos primeiros tempos praticaram-no e os apóstolos da modernidade continuam a pô-lo em prática. Se recebemos algo de Deus, partilhamo-lo com os pobres e com os estrangeiros.
Partilhar faz parte integrante da fé cristã e encaixa-se muito bem no nosso tempo. É a forma de, nós, enquanto cristãos, contrabalançarmos a ideia da maximização dos lucros que hoje em dia se vê e sente por toda a parte. O intuito é sempre obter o máximo, seja dinheiro, tempo livre, vantagens, benefícios ou prestígio. É típico para a nossa sociedade atual. Cada um quer o máximo para si próprio. Isso aplica-se às pessoas, à sociedade, à economia, ao país, etc., e esquecemo-nos do nosso próximo, do pobre, do estrangeiro.
Nós temos consciência de que aquilo que temos, de Deus o recebemos. E Deus não só espera que Lhe demos a Sua parte, mas que também estejamos dispostos a dar algo ao nosso próximo, ao necessitado. E porque recebemos tantas coisas do amado Deus, Ele diz-nos: “Eu quero que repartas com os outros aquilo que eu te dou: tempo, forças, dinheiro, bens. Volta a cuidar dos necessitados, daqueles que carecem de alguma coisa.”
Isto é o que se chama pôr em prática a fé cristã.
(Impulsos de um serviço divino do apóstolo maior)
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