Vivemos numa sociedade meritocrática, num mundo competitivo. Quem se esforça, se empenha e trabalha arduamente, recebe os seus méritos e é recompensado pelos seus méritos. Não apenas a nível material, também através do respeito e do prestígio que ganha. Quem consegue alcançar algo, também se acha no direito de ser recompensado de forma correspondente.
O conceito da recompensa determina a nossa visão do que é a justiça. Quem não se esforça, fica para trás. Mas Deus não é um deus da recompensa por mérito, Deus oferece tudo de graça. Não será isso injusto?
Somos rápidos em louvar a Graça que Deus nos oferece aqui na Terra e também às almas no mundo do além. Mas será que também concordamos que essa graça seja dada a alguém que não tem absolutamente nada a apresentar a seu favor? Alguém que, do nosso ponto de vista, talvez nem sequer a mereça? Nenhum ser humano tem tanta compreensão. A não ser que tenha reconhecido uma coisa: EU também não mereço a graça e a misericórdia de Deus. Nada tenho a apresentar a meu favor que Deus tivesse de recompensar. Também eu dependo totalmente da Sua Graça.
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